Olá e seja bem-vinde ao meu blog! :3 Aqui você vai encontrar posts sem nexo algum (aka minha especialidade pessoal) e coisas aleatória que eu gosto / mídia que estou consumindo no momento / arte.

TW: gore, eyestrain e esse blog não tem censura, e pela maior parte são meus pensamentos em geral. Eu tentarei colocar trigger warnings quando achar necessário mas tenha em mente que você pode encontrar coisas desconfortáveis.

{5} Eu odeio pessoas

✿.。.:* ☆:**:.26 março 2024.:**:.☆*.:。.✿

As vezes me questiono o que as pessoas com quem eu perco contato pensam que eu fiz de tão errado fora ser eu mesmo. Fosse da forma mais quebrada que fosse, eu só estava sendo eu. Então me pergunto o que fiz de errado.

Eu sei que não deveria ir atrás das pessoas que saíram da minha vida, mas as vezes minha curiosidade e nostalgia é muito maior do que meu bom senso. E no desabafo de hoje, devo lhe dizer que eu não deveria ter ido atrás dessa pessoa que antes considerei como melhor amiga, ou talvez até algo maior do que isso, como irmã. E ao mesmo tempo que me arrependo de ter lhe mandado mensagem, me arrependo mais ainda de ter lido sua resposta sobre como eu estava despejando muito sob as costas dela.

Na minha mente cansada e quebrada (porque não era exatamente um momento muito bom na minha vida) não estava fazendo nada fora desabafar com um melhor amigo, assim como essa pessoa estava fazendo o mesmo. Sinto que só sou importante na maioria das minhas amizades quando as pessoas precisam de algo. Seja aceitar algo sobre elas mesmas, seja afirmação sobre o que elas gostam de fazer, seja literalmente precisar de ajuda para algo. Esse parece ser o único momento em que minha mera existência lhes importa de verdade, e quando essa ajuda acaba e a pessoa já está bem ela vai embora.

Nunca tive muitos amigos, menos ainda tenho muita coragem de fazer amigos depois de tudo que me aconteceu. Pra falar a sincera verdade, cada dia que passa tenho mais e mais medo de fazer amigos e ser culpado porque saber entender o que está acontecendo quando não é algo que eu sinceramente consigo controlar ou melhorar (ainda mais pela internet).

Abyss~

E aqui vai uma música para te embalar neste post:

img: Snail Shell

{4} Disforia e dissociação

✿.。.:* ☆:**:.20 março 2024.:**:.☆*.:。.✿

Incrivelmente, eu não tenho disforia na maior parte do tempo. Mas talvez eu só não soubesse que palavras usar quando era criança e não conseguia compreender porque a pessoa no espelho não era a imagem que eu tinha na minha cabeça. Na verdade, nos últimos tempos tem se tornado algo muito pior e muito mais destrutivo.

É difícil encarar o espelho e ver algo que você não reconhece. O monstro do outro lado que você jura não ser você. O problema é que quanto mais tempo passa, mais eu noto que estou fazendo absolutamente tudo no piloto automático. Aka, eu só entro num estado perpétuo de dissociação e quando finalmente volto à realidade não me lembro de quase nada do que aconteceu. As coisas só... aconteceram, e eu simplesmente não lembro a maior parte dos detalhes.

Minha adolescência toda foi assim, empurrando tudo pra frente enquanto eu não conseguia sair do piloto automático. E nos últimos 4 anos tem sido a exata mesma coisa. Eu fico tão perdido no tempo que as vezes preciso fisicamente ver o calendário para saber que dia é, estamos no fim do mês? No começo do mês? As vezes eu só não faço a menor ideia.

Abyss~

E aqui vai uma música para te embalar neste post:

img: LooveX

{3} Inutilidade

✿.。.:* ☆:**:.19 março 2024.:**:.☆*.:。.✿

As vezes eu questiono o meu próprio complexo de inutilidade e de onde ele poderia ter vindo. Mas eu sempre chego nas mesmas duas conclusões todas as vezes. 1. Quando eu era criança não importava o quão impressionante algo que eu fizesse fosse, ninguém nunca me deu ao menos um tapinha nas costas. Até por isso não importa o quanto eu faça tudo sempre vai ser menos do que o ideal, nada fora o mínimo. Até porque, foi o que eu sempre ouvi. "Não está fazendo mais do que devia."

Mas talvez o segundo motivo seja o pior deles. 2. O trauma de ter seus amigos próximos basicamente fazerem bullying com você por não ser automaticamente bom em algo que você nunca nem fez.

Não tenho vontade de entrar em detalhes sobre de onde tudo isso veio, pelo menos não agora. De qualquer forma, ainda é parte do motivo que eu nunca sinto estar fazendo o suficiente em absolutamente nada na minha vida. Eu poderia ter curado o câncer e ainda não me sentiria bom o suficiente no que quer que fosse.

Ter um meltdown à cada 2 dias foi o que me fez pensar sobre isso. Porque é o que sempre acontece. Eu passo alguns dias bem e segurando as pontas com todas as minhas forças e no segundo que algo sai do meu controle é como se todo o mundo estivesse desabando na minha cabeça.

No segundo que eu jogo de dps e não automaticamente mato o time inimigo inteiro eu me sinto inútil e horrível por não conseguir, num piscar de olhos, jogar no mesmo nível que os personagens que eu jogo direto como support. "Eu preciso fazer o mínimo, e se não consigo não presto pra nada" é o pensamento que vem na minha cabeça. E eu sei que não estou certo, que nada disso na minha cabeça é real. Mas considerando os anos de ter as mesmas coisas socadas na minha cara de novo e de novo faz com que elas pareçam reais mesmo agora que já fazem quase 4 anos que não preciso mais lidar com nenhuma dessas pessoas.

Por mais que eu tente continuar com a minha vida, por mais que eu queira esquecer e melhorar são nessas horas específicas onde eu me sinto perdido e inútil que tudo volta na minha cabeça como uma grande onda de trauma e negatividade. E eu me odeio por isso. Nada disso foi minha culpa ou minha escolha, mas eu ainda me odeio por tudo isso.

Abyss~

E aqui vai uma música para te embalar neste post:

img: 岸田 メル

{2} Minha recente obsessão com minecraft?

✿.。.:* ☆:**:.18 março 2024.:**:.☆*.:。.✿

Se você tivesse me perguntado pelo menos 1 ano atrás o que eu pensava de minecraft eu te diria que parece um jogo extremamente tedioso onde em termos você não tem absolutamente nada para fazer dizer e que ele é a coisa mais mal otimizada que eu já vi (isso continua verdade). No entanto, eu não esperava que do dia pra noite, pelo simples fato de eu do nada ter uma vontade enorme de assistir 300 vídeos de minecraft iria começar a jogar e, chocantemente, gostar do jogo *gasp*

De qualquer forma, hoje quero detalhar minha longa jornada no mundo quadrado. Primeiramente eu devo dizer que fazem no máximo uns 2 meses que comecei a jogar, aka eu sei absolutamente nada e mesmo consumindo horas e horas de tutoriais eu com toda a certeza não sei absolutamente tudo e sei menos ainda o melhor jeito de fazer qualquer coisa. Até porque, eu sou mais um construtor do que um minerador... (Esse é o trabalho do William, meu namorado, cof cof)

Tudo começou quando demos spawn no meio de uma vila, do que eu chamei carinhosamente de Uhms (aka os villagers). E de alguma forma eu acabei com não uma mas duas ovelhas? Eu não sei explicar porque tive tanta vontade de levar uma ovelha presta comigo mesmo no meio da noite e sem nem saber onde a nossa base iria ser, mas eu senti essa necessidade. Mas, como sempre me acontece em todos os jogos, as coisas rapidamente se tornaram o puro caos quando eu descobri que tinha uma manada de animais agora me seguindo. O que não foi ruim considerando que não muito depois usamos eles pra começar nossa primeira fazendinha.

P.S.: Sinto a necessidade de explicar as skins esquisitas e os nomes esquisitos... Quando começamos a jogar estávamos usando o EasyMC, que não deixa você escolher nem sua skin nem seu usuário. Por isso eu sou o venom extreme e o William é... aquela pessoinha ali. Mas depois de um tempo a gente acha um jeito meio aleatório de trocar as skins e... é uma longa história pra outro dia.

Como eu disse no começo, sou muito mais um construtor do que qualquer coisa. E então nós começamos o árduo projeto de fazer uma ravina que encontramos no meio do caminho nossa primeira (e pior) base. A ideia inicial seria construir a casa basicamente flutuando no topo da ravina como se estivesse formando uma ponte entre um lado do continente e o outro enquanto a segunda parte do plano seria encher a ravina de água para que o porão da casa ficasse completamente submerso já que tínhamos um oceano bem ao nosso lado. Mas isso foi antes de eu descobrir que água no minecraft é a coisa mais estúpida e esquisita que talvez exista. Encher uma ravina inteira com água não só é um plano estúpido como nenhum de nós sabia o que estava fazendo...

Ignorando a parte da água (por enquanto...), eu fiz o que eu achei que seria uma bonitinha casinha... quadrada. Extremamente quadrada... No entanto, ela tinha tudo o que a gente precisa pra sobreviver até então. Um telhado, uma cama e uma crafting table. :3 Ainda assim minha ideia era fazer algo... relativamente bonitinho? Eu acho que passei meio longe disso nessa casa pelo simples fato de que no minecraft as coisas sempre precisam ser muito maiores do que você imagina. Nossa pequena casinha foi nomeada apropriadamente "Casa dos Trouxas", por motivos óbvios.

Para falar a sincera verdade, foi no momento em que vi essa casinha ridícula que eu sinceramente comecei a gostar do jogo. Algo sobre poder construir "qualquer coisa" que eu queira e conseguir deixar tudo decorado e bonitinho me fez entrar numa eterna espiral de querer sempre melhorar, fazer algo maior, melhor, mais bonito, mais fofo. E confie em mim, a história só vai piorar com o tempo (lol).

A segunda coisa que eu fiz, antes mesmo de terminar por completo a casa foi um celeiro (horrendo) para guardar o cavalo que o William encontrou enquanto explorava. E vale a pena dizer neste momento, que estávamos morando na Savana, e isso vai ser importante pra história depois, eu prometo. Voltando ao celeiro, foi nessa hora que eu descobri o poder das correntes e das lanternas. Até hoje eu acho que a base inicial e o celeiro foram com toda a certeza minhas duas piores construções, mas eu também tento me lembrar que foram as primeiras, então faz sentido.

A terceira coisa que começamos a pensar foi sobre como iríamos para o nether. Claro que a gente podia só fazer um portal em qualquer lugar aleatório na nossa base... Mas você sabe que não foi isso que eu decidi fazer. Na verdade, eu achei que seria uma ótima ideia a gente fazer uma igreja. Não qualquer igreja, uma igreja satanista pra guardar o nosso portal pro nether. E acredite ou não, eu diria que foi uma das melhores construções que eu fiz no nosso mundo.

Num resumo. Nós encontrámos uma ilha não muito longe da nossa base inicial e decidimos que seria uma ótima lore ter uma igreja meio que abandonada ali que liga o overworld com o nether. E foi assim que eu comecei a construir uma igreja que eu achei que seria enorme pelas próximas... 20 horas ou algo do tipo? Na realidade, o único real problema com a igreja é o tamanho. Olhando por fora ela parece enorme, gigantesca até. Mas por dentro ela é extremamente apertada, coisa que eu pretendo arrumar e que eu já até tenho todo um esquema pronto para deixar melhor.

Mas por enquanto, é aqui que minha história termina. Muita coisa acontece depois disso e imagino que separar em vários posts seja mais fácil do que explicar todas as minhas 300 horas em um só. Então por enquanto, fique com a conclusão da aptamente nomeada "Igreja dos Trouxas".

Abyss~

E aqui vai uma música para te embalar neste post:

img: Divi-Dead

{1} Introdução (?)

✿.。.:* ☆:**:.17 março 2024.:**:.☆*.:。.✿

Talvez você tenha caído de paraquedas nessa página, ou simplesmente vindo até aqui da sua própria vontade, mas de um jeito ou de outro talvez esteja se questionando "porque raios eu quero saber sobre qualquer uma dessas coisas?" Bom, a realidade é que talvez você não queira. Ou talvez sua curiosidade seja maior, quem sou eu pra dizer alguma coisa? De qualquer forma, seja bem-vinde.

Meu nome é Abyss (pronomes: ele/dele), e nesta página (que talvez eu tenha passado horas de mais fazendo) você vai encontrar o meu blog! Imagino que uma introdução em si não seja 100% necessária considerando que por estes posts você vai me conhecer melhor, mas vou te dizer o básico mesmo assim. No momento que escrevi este post tenho 25 anos, um diploma universitário sem terminar, um notebook de 6 anos, um nintendo switch de 4, uma mesa digitalizadora também de 4, um cachorro (sem raça definida) chamado Nokia de 3, dois gatos (sem raça definida) Valeska de 4 e Dothi de 5 anos. Okay, talvez eu não seja uma das pessoas mais interessantes que você vai encontrar na internet... Talvez eu tenha tido outros blogs dos quais eu não continuei porque introduzir coisas novas na minha rotina é extremamente difícil por conta da minha saúde mental que constantemente decaí a pontos onde ser funcional é impossível... Mas o que custar tentar pela milésima vez, não é mesmo? (kkkk ;a;)

Bom... talvez seja mais interessante falar das coisas que importam um pouquinho mais. Meus blogs falhados. Em meados de 2011 eu tive um blog de mesmo nome do (morto?) blogger, exatamente igual todas as outras pessoas que existem na internet eu imagino. Lá, eu dei meus pensamentos altamente censurados porque eu sabia que pessoas da vida real estavam lendo. Mas aqui? Ninguém sabe que esse lugar existe fora eu e você. :3 (não que isso seja bom ou ruim... para falar a verdade nem eu mesmo sei qual é o ponto de tudo isso fora eu poder compartilhar com o abismo da internet as coisas que eu gosto ou estou pensando.)

O nome do blog sempre se derivou da minha história favorita de conto de fadas. Alice no País das Maravilhas. Que eu li o livro algumas muitas vezes quando eu era criança. (E minha família ainda me diz que nunca notou meu autismo...) De qualquer forma, era para o blog ser um lugar de refúgio e paz onde eu poderia simplesmente vomitar palavras para o nada. No entanto, muito rapidamente, virou um caos de absoluto terror pelo exato motivo que eu mencionei antes. Pessoas na vida real sabiam da existência do blog e eu não tinha como sinceramente saber se eles estavam lendo ou não as minhas palavras obviamente edgy e apenas para chocar o leitor.

Foi exatamente assim que eu comecei a me censurar não apenas na vida real mas também na internet. E considerando minha alta tendência à usar masking 24 horas por dia e 7 dias na semana para tentar apaziguar o mundo que obviamente não consegue entender como eu posso ter esses pensamentos, acho que você consegue ver onde tudo isso me levou.

Mas, por uma questão de manter esse longo discurso um pouquinho mais conciso, deixe-me explicar a linha do tempo daquele blog.

Ele começou no começo de novembro de 2011 e seguiu até metade de junho de 2012 (nem um ano...). Depois disso, em novembro de 2013 eu tentei novamente e parando apenas alguns dias depois. Pela terceira vez, voltei ao blog em agosto de 2019 parando em outubro e voltando em abriu de 2020 quando postei com uma consistência não muito boa até março de 2021.

Eu não vou mentir, tenho um pouco de medo de ler os posts e me lembrar de exatamente tudo que estava acontecendo na época. Tanto o trauma quanto todo o resto. Os tempos felizes que agora só lembro com dor no coração pelo que aconteceu entre os tempos em que eu não estava escrevendo sobre. Mas talvez seja exatamente por isso que ainda quero escrever. Lembranças são coisas passageiras, o cérebro não é uma máquina com espaço de memória infinito. Uma hora ou outra essas memórias vão se esvaindo, e esse registrando-as é o único jeito de se lembrar.

Não tenho vontade de voltar atrás, nem tenho nostalgia pelas coisas que aquele blog em específico me trouxe. Mas ao mesmo tempo ainda tenho uma grande vontade de retomar o sonho que o eu pré-adolescente não conseguiu completar. O sonho que moveu a minha vida por todo o ensino médio. O sonho pelo qual eu sobrevivi até entrar na faculdade, e naquele singular momento descobri que talvez fosse impossível e desisti. Criar conteúdo pra internet, fazer as poucas coisas que eu amo e compartilhar com o resto do mundo (porque talvez existam outras pessoas como eu) sempre foi o que eu quis fazer.

E talvez tudo isso pareça sem noção, e só extremamente ridículo considerando que eu estou escrevendo tudo num site que eu não espero que muitas pessoas vejam. Mas todo mundo começa de algum lugar, né?

Abyss~

E como sempre me foi tradição desde 2011, aqui vai uma música para te embalar neste post:

(olha que upgrade, fomos do youtube, que nem funciona mais como embed direito, pro spotify. :3)

img: nidera.tumblr.com